Rekiaku – Capítulo 9

Eu olhei para o chão e encontrei a maçã dividida ao meio, rolando.

Mentira, eu consegui!

Olhando para cima, todos estavam com os olhos arregalados. Seus lindos olhos pareciam prestes a saltar. Não quero que fiquem paralisados como manequins. Como posso mudar essa atmosfera tensa?

Talvez seja hora de mostrar que sou uma verdadeira vilã.

Respirei fundo, endireitei as costas e olhei diretamente para eles.

— Não me subestime, eu quero ser forte. Tenho objetivos e superarei qualquer obstáculo para alcançá-los.

Soa como um diálogo de vilã, não é? Estou impressionada comigo mesma.

Lembrei-me de uma vilã de um conto que li recentemente. Ela era apaixonada por homens e reuniu milhares, mas escolheu apenas alguns para estar ao seu lado. Ela selecionou pessoalmente cada um.

Deve ter levado dias. Certamente foi um trabalho árduo, mas ela conseguiu.

— Impressionante! — exclamou Duque.

Ele me olhava fixamente com um leve sorriso.

Não me olhe assim. Entenda melhor sua própria beleza… Isso é embaraçoso, mas preciso me acostumar. Não sou mais uma inocente.

Albert se aproximou, pegou a maçã dividida e me encarou seriamente.

— Você realmente quer aprender esgrima?

Eu havia dito isso desde o início.

Acenei vigorosamente.

Albert refletiu e disse: “Entendi”.

Será que finalmente posso aprender esgrima?

“Mesmo?!”

Minha emoção escapou.

Isso foi um desastre. Eu estava interpretando perfeitamente a vilã até o final.

Mas não posso culpá-la. Quem não se animaria ao saber que pode aprender esgrima após ser menosprezada?

Minha atitude de vilã foi incrível, então vou considerar isso um empate.

O rosto de Albert se iluminou.

— Sim, mesmo.

Ele acariciou meu cabelo com gentileza.

Sinto uma felicidade indescritível agora.

Me sinto reconhecida e valorizada.

Abraços apertados em Albert.

— Obrigada! Amo você, Albert!

Essa sensação me lembra minha vida anterior.

Não, é diferente. Há mais calor agora.

— Albert, seu rosto está corado!

— Você está envergonhado!

— Que legal, irmão!

Albert, você está corado?

Quero ver.

Seu rosto voltou ao sorriso gentil.

— Até mais, irmão!

Eu disse, saindo rapidamente.

Preciso ir à biblioteca.

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