Isekai wa Smartphone to Tomoni – Volume 2 Capítulo 16

Medalhas e a Mansão do Visconde

Capítulo 16 – Medalhas e a Mansão do Visconde

— Vocês realmente nos ajudaram muito. Sou eternamente grato. Não apenas por minha filha, mas também por minha esposa… Muito obrigado.

O Duque se curva profundamente na sala de recepção. Eu realmente não sei como lidar com isso. Quantas vezes ele já abaixou a cabeça para mim?

Su-chan está no quarto com a esposa dele. Nós fomos levados para esta sala e sentamos em cadeiras caras, encarando o Duque.

— Por favor, não se preocupe com isso. Su-chan está bem, e a esposa do senhor também se recuperou. Não é bom assim?

— Não, não posso simplesmente deixar assim. Quero agradecer a vocês adequadamente. Reimu, traga aquilo.

— Entendido.

Reimu-san traz um prato de prata com vários itens nele.

— Primeiro, isso é para agradecer por salvar minha filha dos agressores e por escoltá-la durante a viagem. Por favor, aceite.

Ele me entrega um saco que provavelmente contém dinheiro.

— Há 40 moedas de platina dentro.

— “Hã!?”

Os outros parecem entender, mas eu não sei o que são moedas de platina. Eu pergunto a Elsie, que está atônita ao meu lado.

— Ei, Elsie, o que são moedas de platina?

— São moedas de maior valor que as de ouro… Uma moeda de platina vale dez moedas de ouro…

— Dez!?

Até agora, vivendo neste mundo, eu entendi que uma moeda de ouro vale cerca de 100.000 ienes. Então, uma moeda de platina vale um milhão de ienes, o que significa… 40 milhões de ienes… Uau!?

— Não, isso é demais! Não posso aceitar isso!

Percebendo o peso da situação, eu me apresso em recusar a oferta. Por mais que seja dinheiro, é demais para nós!

— Por favor, não diga isso. Se vocês vão continuar como aventureiros, certamente precisarão desse dinheiro. Pense nisso como um fundo.

— Ha…

É verdade que o dinheiro pode ser útil em muitos aspectos. Embora eu não queira admitir, há problemas que só podem ser resolvidos com dinheiro. E, conhecendo a personalidade do Duque, mesmo que eu tente devolver, ele definitivamente não aceitaria.

— Além disso, quero oferecer isso a vocês.

O Duque colocou quatro medalhas sobre a mesa. Cada uma tinha cerca de cinco centímetros de diâmetro. As medalhas tinham um relevo de um escudo central com leões de frente um para o outro. Ah, esse brasão…

— Estas são medalhas da minha família. Com elas, vocês podem passar pelos postos de controle sem problemas e utilizar instalações exclusivas para a nobreza. É uma prova de que a minha família está apoiando vocês. Isso servirá como prova da identidade de vocês.

Originalmente, essas medalhas eram dadas aos comerciantes que trabalhavam exclusivamente para a família do Duque. Cada medalha tinha o nome de um de nós e uma palavra gravada, e não havia duas iguais, para evitar o uso indevido em caso de perda.

A medalha que eu recebi tinha a palavra “Paz”, a de Elsie tinha “Paixão”, a de Lindsey tinha “Amor Universal” e a de Yae tinha “Sinceridade”. “Paz”, hein… Bem, a paz é o melhor.

Isso realmente pode ser útil. Será útil quando formos visitar Su-chan novamente, por exemplo. Ser parado em um posto de controle por ser suspeito seria um incômodo. Mas, se necessário, podemos usar a magia Gate para chegar diretamente aqui.

Dividimos o dinheiro igualmente em dez moedas para cada um. No entanto, uma moeda vale dez moedas de ouro, um milhão de ienes… Seria uma péssima ideia perdê-la.

Ter medo de andar com isso é compreensível, então todos nós mantemos apenas uma moeda conosco e deixamos o restante com o Duque, que cuidará de depositá-lo na guilda. Dessa forma, podemos sacar o dinheiro em qualquer guilda da cidade. É como um banco.

De qualquer forma, está na hora de irmos. No caminho para a entrada, Su-chan e a Senhora Ellen nos esperam para se despedir.

— Vocês devem voltar para visitar, ouviu? Não se esqueçam!

Sob os olhares entusiasmados da família do Duque, nós seguimos em direção à mansão do Visconde Swordreck de carruagem.

— Hã? O destinatário da carta de solicitação é o Visconde Swordreck?

Ah, acho que ainda não tinha explicado isso para a Yae? Enquanto somos balançados na carruagem, olho para o rosto surpreso de Yae.

— Você o conhece?

— Claro que sim… Como eu te disse antes, meu pai estava sob os cuidados do Visconde.

Entendi. O mundo é pequeno, não é?

Sacolejando, a carruagem conduzida por Elsie percorre as ruas luxuosas da cidade e finalmente para em frente à casa do Visconde Swordreck, conforme as instruções dadas pelo Duque.

Por falta de uma palavra melhor, a casa do Visconde parece mais modesta em comparação com a do Duque, que vimos antes. Ainda assim, é uma mansão luxuosa. Há um certo charme nela que faz com que pareça antiga ou histórica.

Os nobres que vivem na capital real possuem mansões em seus próprios territórios além daqui. Será que esta é a casa de campo deles?

Informamos ao guarda na entrada o nome do Senhor Zanack e pedimos para encontrar o Visconde. Depois de um tempo, somos levados para dentro da mansão e um mordomo nos guia até a sala de recepção.

Se eu fosse comparar, esta sala com a do Duque é… Bom, deixa para lá.

Enquanto pensava coisas desrespeitosas na sala, um homem de meia-idade de cabelos ruivos e aparência imponente aparece.

Esse homem… é forte. Mesmo por cima das roupas, dá para perceber que ele tem um corpo bem treinado. Seu olhar é afiado, como o de um falcão prestes a atacar sua presa.

— Eu sou Carlossa Garn Swordreck. Vocês são os mensageiros de Zanack?

— Sim. Recebemos o pedido para entregar esta carta. Fomos instruídos a obter uma resposta do Visconde.

Entrego a carta que recebemos do Senhor Zanack. O Visconde a pega, corta o lacre com uma faca e lê rapidamente o conteúdo.

— Aguardem um momento. Vou escrever uma resposta.

Com isso, o Visconde deixa a sala. Em seu lugar, uma criada aparece e nos serve chá. Mas, comparado ao chá na casa do Duque… Não, não posso pensar assim. É desrespeitoso com nosso anfitrião. Comparar com a casa do Duque em si já é errado.

— Desculpem a demora.

O Visconde retorna com uma carta lacrada em mãos.

— Entreguem isso a Zanack. Conto com vocês. Além disso…

Enquanto me entrega a carta, o olhar do Visconde se dirige para Yae.

— Estou curioso desde o início, quem é você? Em algum lugar… Não, nunca nos encontramos. Mas… Qual é o seu nome?

Enquanto coçava a cabeça tentando se lembrar de algo, o Visconde ouviu Yae encará-lo diretamente e dizer seu nome.

— Meu nome é Kunohe Yae, filha de Kunohe Shubei.

— Kunohe… Então você é filha de Shubei!

O Visconde sorriu amplamente e começou a examinar o rosto de Yae com alegria.

— Sem dúvida, você é a cara da sua mãe quando ela era jovem. Ainda bem que você puxou a ela!

O Visconde riu alegremente, enquanto Yae oferecia um sorriso enigmático.

— Uh… Qual é a relação de Yae com…?

— Hm? Ah, o pai desta jovem, Shubei, foi o instrutor de esgrima da minha casa, a família Swordreck. Quando eu ainda era um jovem rapaz, ele me treinou arduamente. Ah, aqueles tempos difíceis… Já faz mais de 20 anos.

— Meu pai sempre diz que de todos os espadachins que treinou, ninguém era tão talentoso e habilidoso quanto o Visconde.

— Oh? Mesmo que seja um elogio, é bom ser elogiado pelo seu mestre.

O Visconde sorriu, claramente lisonjeado. Com um olhar sério, Yae continuou falando.

— Se tivermos a chance de nos encontrar, meu pai pediu que você nos desse uma lição.

— Hmm…?

Ao ouvir as palavras de Yae, o Visconde apertou os olhos com interesse.

Ei, o que é essa atmosfera…?

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