Isekai wa Smartphone to Tomoni – Volume 4 Capítulo 26

Desvendando o mistério e prendendo o criminoso.

Capítulo 26 – Desvendando o mistério e prendendo o criminoso.

— Majestade! Como está a sua saúde agora? — Balsa-sama, apressadamente, pergunta ao rei.

— Ah, Balsa-sama. Estou bem como você pode ver. Parece que causei preocupação.

O rei responde, dando tapinhas no próprio peito, de forma exagerada.

— É mesmo… Que bom. É um alívio… — O conde Balsa, suando profusamente, força um sorriso enquanto esfrega as mãos. O rei o observa com uma expressão fria. Ah, o rei também deve ter percebido que esse cara é o culpado.

— Achei que fosse o fim por um momento, mas aí o jovem Touya ali rapidamente neutralizou o veneno. Tenho sorte. Foi por pouco.

Ao ouvir as palavras do rei, o conde Balsa olha para mim com uma expressão de ressentimento. Ei, ei, isso é muito óbvio! Não consigo pensar em nenhum outro culpado além dele.

— Então, Touya-san. Por que chamou todos aqui? — A maga da corte, Charlotte-san, que tem cabelo verde como jade e carrega um cajado dourado, me pergunta.

Os que foram convocados para o salão de jantar são o rei, a princesa Yumina, a rainha Yuel, o duque Ortrud, o general Leon, Charlotte-san, o médico Raul, Olga-san, e o conde Balsa.

Enquanto todos permanecem de pé, começo a explicar.

— Como todos sabem, um veneno foi administrado ao rei. O local do crime foi este salão de jantar, que foi preservado como estava naquela hora. Bem, os pratos servidos já esfriaram, mas isso é um detalhe. Agora, sobre o criminoso por trás desta tentativa de assassinato do rei…

Faço uma pausa dramática antes de continuar.

— O criminoso está entre nós.

Ah, eu sempre quis dizer essa frase!

O clima muda de repente, e a expressão de Olga-san muda. Suas orelhas de raposa se arrepiam, e seus olhos parecem estar gritando “não sou eu”. Entendo o que ela está tentando dizer.

Ao ver o rosto pálido de Olga-san, o canto da boca do conde Balsa se curva para cima.

Uau, ele está claramente satisfeito. Parece que ele estava olhando para Olga-san e não percebeu que todos os outros estavam olhando para ele com um olhar de “é ele, não é?”. É estranho que todos, exceto Olga-san, saibam quem é o criminoso…

— Primeiro, sobre este vinho que foi envenenado…

Apontando para a garrafa de vinho que o general trouxe, continuo:

— Este é o vinho que Olga-san presenteou, certo?

— É, de fato, o vinho que eu dei, mas eu não envenenei…!

— Cale-se, sua besta! Continuar a fingir inocência é ultrajante…

Enquanto o Balsa-sama desdenhosamente repreende Olga-san, tomo um gole do vinho.

É uma história de outro mundo, então está tudo bem mesmo que eu seja menor de idade, certo?

— Ah, delicioso!

Bato a garrafa na mesa. Sinceramente, eu não entendi muito bem o sabor. Sou menor de idade, afinal!

Quando olho em volta, todos estão com a boca aberta, olhando para mim.

— Touya-dono!? Você está bem?

— Estou bem, general. E, além disso, nunca houve veneno neste vinho para começar.

— O quê?!

Enquanto todos parecem confusos, o conde começa a suar profusamente. Ele está claramente nervoso.

— Agora, o que eu tenho aqui é um vinho raro, produzido por um método especial. Foi feito no extremo leste e, até onde eu sei, é um vinho de alta qualidade.

Pego uma garrafa de vinho barato que preparei com um rótulo escrito em hiragana “Beaujolais Nouveau” e despejo-o em uma taça de vinho vazia na mesa, como se fosse algo muito luxuoso.

— Este vinho vai nos ajudar a encontrar o culpado.

Seguro a taça de vinho contra o lustre, fazendo-a brilhar de maneira deslumbrante. Caminho até onde todos estão de pé, afastados da mesa, e ofereço a taça ao general.

— Poderia experimentar?

O general parece confuso, mas bebe tudo e esvazia o copo.

— E o sabor?

— Hm! Isso é incrível! Eu nunca provei algo assim antes! É delicioso! O que acha, conde?

Ah, ele está apenas recitando. O general “segue minhas instruções” e passa a palavra ao conde.

— Hã? Ah, certo…

Assim que o conde assente, pego a taça de vinho que estava na “cadeira do rei” na mesa e começo a enchê-la com vinho. A expressão do conde muda imediatamente.

— Eu adoraria ouvir a opinião do conde sobre o sabor.

— Bem, eu…

— Por favor, vá em frente.

Agarro o conde que está recuando e forço-o a segurar o copo de vinho.

— Vamos, de uma vez só.

Sorrio largamente para o conde. No entanto, ele não coloca o copo na boca, mesmo suando frio.

— O que houve, conde? Não vai beber?

— Ah, bem, é que…

Diante das palavras do rei, o conde começa a olhar em volta freneticamente, com a mão que segura o copo tremendo ligeiramente. Preciso evitar que ele derrube o copo.

— …Não consegue beber? Então, permita-me ajudá-lo.

— Hã!? Mmmh! Ugh!

Pego o copo dele e forço-o a beber o vinho. O conde engasga um pouco, mas involuntariamente engole parte do vinho, ficando chocado ao perceber o que aconteceu.

— Ugh! Ugh! Ajudem-me! O veneno! O veneno está me matando! Eu vou morrer! Eu vou morrer!

O conde, segurando a garganta, começa a se contorcer no chão. Com uma expressão de agonia no rosto, ele balança os braços freneticamente enquanto rola pelo chão.

É impressionante como as pessoas podem reagir assim apenas com base em suas suposições.

— Ahh! Eu… eu… o veneno! O veneno! Ajuda…!

— Ah, já chega. Sabe o copo que eu usei? Era um copo novo.

— Eu… vou morrer… o quê?

Com um olhar confuso, o conde para de se contorcer. Ele se levanta e toca suavemente sua garganta.

— …Não sinto nada.

— Claro que não. É apenas vinho barato, afinal. Peço desculpas por forçá-lo a beber. Mas…

Faço uma pausa antes de chegar ao cerne da questão.

— Por que você pensou que havia veneno nele?

— Huh!?

A expressão do conde se congela. Isso mesmo. Ele acabou de se revelar. Ele temeu um veneno que não estava lá e se contorceu como se tivesse bebido veneno. Alguém que não soubesse de nada nunca agiria assim. Ele se traiu.

— …O que significa isso?

O duque me questiona.

— O veneno não estava no vinho que a senhora Olga deu, mas sim no copo do rei.

— No copo…? Entendo, então é por isso que não encontramos veneno no vinho.

— Eu posso usar magia para detectar veneno, então percebi isso rapidamente. O executor provavelmente é um cozinheiro ou um garçom, algo assim. A questão era como acuar o verdadeiro culpado… mas acabou sendo bastante simples.

Para ser honesto, eu não conseguia pensar em nenhum outro suspeito além deste homem. Eu queria garantir que ele não pudesse fugir da culpa, mas foi tão rápido que me senti um pouco decepcionado.

Foi um truque bastante comum (se é que pode ser chamado assim). Mesmo que eu não estivesse aqui, acho que alguém teria percebido a verdade rapidamente.

Mas, sabe, eu sempre quis desempenhar o papel de detetive, pelo menos uma vez.

— …Hmpf!

O conde corre em direção à porta. Ele não desiste facilmente, hein? No fim das contas, ele é um vilãozinho incompetente que não pensa nas consequências, que acredita erroneamente que é superior. No entanto, o rei quase morreu por causa desse plano idiota, então o crime dele é grave.

— Slip.

— Woah!

Com um grande estrondo, o conde tropeça e cai, batendo a cabeça com força no chão.

— Tome isso!

A senhora Olga, como se estivesse descontando todas as suas frustrações, dá um chute poderoso no estômago do conde, fazendo com que ele perca a consciência. Isso deve ter doído.

Comentar

Options

not work with dark mode
Reset