Isekai wa Smartphone to Tomoni – Volume 5 Capítulo 31

Perdido e nova função.

Capítulo 31 – Perdido e nova função.

Três dias depois de chamá-la, finalmente fomos libertados do inferno fofinho e a Kohaku, agora capaz de viver normalmente (?), expressou seu desejo de visitar a cidade, por isso decidi acompanhá-la.

Saindo da hospedaria, caminhamos pela avenida principal. Acho que devemos tentar ir em direção ao mercado. Há muitas pessoas por lá.

O mercado estava cheio de barracas e pessoas vendendo todo tipo de coisas. De alimentos a utensílios, roupas e antiguidades, uma variedade de itens estava à venda. Andamos pela multidão, olhando os produtos, buscando por algum tesouro escondido.

— Está bem movimentado, não está? — Kohaku comenta.

— Bem, é o centro da cidade. Se as pessoas querem adquirir coisas baratas, elas vêm aqui — respondo.

Kohaku e eu conversamos em uma voz que os outros não podem ouvir. Como uma besta convocada e seu invocador, nós podemos nos comunicar até certo ponto. Se eu estivesse andando pela cidade conversando com um tigre, as pessoas achariam que eu sou louco.

Ainda que na forma de uma criança, Kohaku é um tigre. E é claro, ela chama bastante a atenção. Mas todos apenas olhavam de longe, reagindo como se estivessem vendo algo interessante, sem sobressaltos. De vez em quando, crianças e garotas se aproximam para acariciar sua cabeça.

No meio de estranhos, é acordado que ela se passará por um filhote de tigre. Quando Kohaku responde com um “Grr”, as meninas ficam encantadas e acariciam ainda mais a sua cabeça. Kohaku parece bastante resignada. Ela finalmente conseguiu se libertar de nossas companheiras, só para cair em outra desgraça…

No entanto, há muitas pessoas… É melhor nos mantermos juntos para não nos perdermos. Bem, mesmo que eu me perca de Kohaku, ainda poderíamos nos comunicar mentalmente, então seria fácil encontrar um ao outro.

Mesmo assim, Kohaku, que está seguindo-me pela multidão, parece ter dificuldades. Seria uma pena se ela fosse chutada, então eu a pego no colo. No começo, Kohaku hesita, mas depois se acalma.

Continuamos andando e de repente, Kohaku, que estava em meus braços, levanta a cabeça e olha para a multidão à nossa direita.

— Mestre, aquela não seria a Yaedono ali? — Ela pergunta.

— O quê? — Respondo surpreso.

Surpreso com a interrupção repentina, sigo o olhar de Kohaku e vejo Yae agachada no canto da rua, cuidadosamente fora do caminho dos transeuntes. Na frente de Yae, há uma garotinha chorando muito, que parece ter cerca de quatro anos, e Yae parece estar tentando acalmá-la.

— O que está acontecendo, Yae?

— Touya-dono? Kohaku está com você também?

Assim que vê nossos rostos, Yae parece aliviada. O que aconteceu? É raro ver Yae com essa expressão.

— Quem é essa criança?

— Parece que ela se perdeu.

Perdida, é? Com essa multidão, é fácil perder-se. Olho em volta, pensando nisso. Deve ser difícil encontrar os pais dessa forma.

— Ei, qual é o seu nome? — pergunto à menina.

— Sniff… Sniff… Mamãe…

Não tem jeito. Ela está muito perturbada para sequer nos dizer seu nome. Não podemos fazer nada até que ela pare de chorar.

— Desde o início, tentei perguntar o seu nome e de onde veio, mas ela não responde nada — Yae comenta com uma expressão preocupada.

Hmm, de alguma forma temos que obter informações. Trazendo Kohaku, que estava em meus braços, à frente da garota, a garotinha parece assustada por um instante, depois contorce o rosto, parecendo que vai começar a chorar de novo. Dou uma ordem a Kohaku mentalmente.

— Qual é o seu nome?

Kohaku fala com a menina. A menina, que parecia prestes a chorar, olha para a filhote de tigre à sua frente com olhos arregalados. Ela pisca repetidamente com uma expressão confusa.

— Qual é o seu nome?

— …Rim…

— Entendi, seu nome é Rim.

Ao questionamento de Kohaku, a menina balança a cabeça afirmativamente. Ótimo, a abordagem de Kohaku foi bem-sucedida. Claro, qualquer um ficaria atônito se um filhote de tigre começasse a falar. Agora, vamos investigar um pouco.

— Busca: Família da Rim.

Ativo a magia sem atributo “Busca”. Se o alvo estiver dentro de um raio de 50 metros, deveríamos ser capazes de detectá-lo. …Nenhuma resposta. Eles não estão por perto?

— E aí?

— Nada. Pelo menos não estão dentro de um raio de 50 metros — respondo a Yae.

Hmm, o que devo fazer? Eu poderia continuar usando o ‘Pesquisa’ enquanto caminho por aí? O problema é que a área de busca do ‘Pesquisa’ é muito limitada.

…Espere um pouco. Eu não posso determinar quem é a ‘família de Rim’ apenas olhando para as pessoas. É óbvio que elas não apareceriam nos resultados da pesquisa? Eu não consigo dizer se elas não aparecem porque realmente não estão por perto, ou porque o feitiço não as encontrou. Eu não sei quais são os critérios para determinar isso.

Eu consegui pesquisar o veneno. Mesmo que eu não soubesse que aquilo era veneno, eu quase morri quando o provei, então eu sabia que era veneno. Aconteceu o mesmo com a baunilha. Eu sabia que era baunilha quando a cheirei… É assim que funciona?

É verdade que se alguém dissesse ‘não sou eu’, mesmo sendo a pessoa em questão, eu não seria capaz de dizer.

Vamos tentar obter mais informações.

— Quem veio com você aqui? — …Mamãe. — E como era a roupa da sua mãe? — Ehh… roupa verde.

Deixei Kohaku fazer as perguntas e obtivemos mais e mais informações de Rim sobre a mãe dela. Cabelo castanho comprido, roupa verde, pulseira de prata, olhos azuis, não gorda. Ok, consigo imaginar isso na minha mente. Se houver alguém que se encaixe nessa descrição, poderei determinar a partir de sua aparência que pode ser a ‘mãe de Rim’. Vamos tentar mais uma vez.

— Pesquisa: Mãe da Rim.

…Nenhuma resposta. Que pena.

— E então? — Não deu certo.

Sacudi minha cabeça em resposta à pergunta de Yae. De fato, o alcance limitado de busca é o problema. Seria útil se o alcance fosse tão amplo quanto o de um aplicativo de mapa de um smartphone. Será que alguém poderia desenvolver um aplicativo para o ‘Pesquisa’?

…Espere um minuto.

O aplicativo de mapa e o ‘Pesquisa’. Talvez… Vale a pena tentar. Pego meu smartphone.

— Encanto: Pesquisa.

Aplico a magia ‘Pesquisa’ no aplicativo de mapa do meu smartphone. A luz emitida pela ponta do meu dedo desaparece na tela do smartphone. E agora?

Ativo o aplicativo de mapa, exibindo a área ao meu redor. Não apenas o mercado, mas toda a cidade de Reflet cabe na tela. Digito ‘Mãe de Rim’, e um pino cai no mapa, indicando a localização.

— Sim! Deu certo!

Rim, que estava sendo segurada por Kohaku, estremece com a minha exclamação súbita, mas não parece prestes a chorar.

Levanto-me e acaricio levemente a cabeça de Rim.

— Vamos para a sua mãe, tudo bem?

— Mamãe! — Rim!

Observando o reencontro da mãe e da filha depois de algumas horas, sinto uma emoção indescritível. A mãe de Rim estava na estação da guarda da cidade, algo como uma delegacia. Desde o início, tudo o que tínhamos que fazer era levá-la lá e dizer ‘Ela se perdeu’. Bem, houve uma descoberta inesperada, então tudo bem.

Yae e eu acenamos adeus para a mãe, que estava se curvando em agradecimento, e para Rim, que acenava, e então nos afastamos.

— Yae, há algo que quero experimentar. Tudo bem para você? — ? Não vejo problema, mas…

Levei Yae até a cafeteria da Sra. Aer, a ‘Pareto’. Depois de fazer o pedido, comecei a perguntar várias coisas a Yae.

Perguntei sobre a casa de Yae. Desde a aparência externa até a disposição dos quartos, a decoração interna do dojo, entre outras coisas. O fato de terem um cachorro, a existência de uma cerejeira no jardim, as marcas na coluna onde Yae e o irmão mediam sua altura…

Depois de ouvir tudo, digitei ‘Casa de Yae’ no aplicativo de mapa. Então, um pino caiu em uma parte do leste do continente, Ishen.

Fui ampliando. Oedo em Ishen. Ao leste… Hashiba, certo?

— A casa da sua família fica em Hashiba, perto de Oedo? Tem um santuário por perto. — Sim, mas… como você sabe disso?

Yae me olha com surpresa. Muito bem, parece que funcionou. Esse aplicativo de Pesquisa pode rastrear coisas em escala global. Isso é útil. No entanto, se eu não conhecer bem o objeto de pesquisa, não poderei refinar os resultados.

Depois de explicar para Yae, ela me pede para procurar pelo seu irmão. Eu peço detalhes sobre o irmão de Yae, que aparentemente tem uma cicatriz no rosto, tornando a busca fácil.

— Ele está no dojo. Está se movendo bastante, então talvez esteja em uma luta. — Isso parece com meu irmão.

Yae sorri enquanto observa o smartphone que lhe passo.

— Meu irmão é normalmente tranquilo, mas quando se trata de espadas, ele fica totalmente obcecado. Ele realmente ama espadas, até mesmo se esquece de comer.

Yae fala sobre seu irmão com prazer. Com um olhar nostálgico, ela observa o pino se movendo na tela.

— Você realmente ama seu irmão, não é, Yae? — …Sim. Eu realmente amo meu irmão. Ele é forte, gentil e muito bom para as pessoas.

É evidente quando se olha para ela. O quanto Yae valoriza seu irmão.

— Aliás, de certa forma, você me lembra meu irmão, senhor Touya. Você é tranquilo e bondoso. — É uma honra ser comparado ao seu amado irmão.

Digo isso sorrindo, enquanto bebo água do meu copo. Não sou bom com espadas como seu irmão. Provavelmente, ela está se referindo à personalidade.

— Isso mesmo, amado…

Yae para de falar abruptamente. Quando ela levanta a cabeça e nossos olhos se encontram, ela fica com o rosto corado e começa a ficar nervosa.

— E-espere! Não é isso! Eu só queria dizer que você me lembra o meu irmão, eu não quis dizer que o meu amor por você é semelhante ao meu amor por ele. Eu não te odeio, é só que… meu irmão é da família. Isso mesmo, da família! Eu o amo como família… Amor?! Por isso… eu não quis dizer isso!

Yae começa a se atrapalhar toda. Não entendo por que ela está tão nervosa. Acho que é bom ela amar seu irmão.

— Desculpem pela espera.

Com isso, vários petiscos (a maioria pedida por Yae) são trazidos. Com o rosto ainda vermelho, Yae evita olhar para mim e começa a comer silenciosamente. Como sempre, ela come bastante…

Talvez ela tenha ficado envergonhada por dizer que ama o irmão. Bem, vou guardar essa suspeita de ser obcecada pelo irmão só para mim.

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